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Síndrome pós-finasterida: entenda o que é, riscos e soluções

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Foto de Andrea Piacquadio/Pexels

Hoje teremos um assunto muito polêmico no universo da queda de cabelo: síndrome pós-finasterida.

A partir de 2011 surgiram grupos na internet em que pacientes afirmam sofrerem de efeitos colaterais prolongados após a interrupção de 1mg/dia de finasterida.

A controvérsia sobre esse estudo é que o pesquisador afirma ter feito a pesquisa por telefone com os pacientes, o que vai contra todas as regras normais de projetos de pesquisa para seleção aleatória. Por esse motivo existe pouca credibilidade científica para o estudo, embora deva ser levada em consideração.

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Dois grupos de pessoas com efeitos colaterais

Antes de falarmos mais propriamente da síndrome pós-finasterida, vamos entender os dois grupos de pessoas que sentem efeitos colaterais da finasterida.

Dentro as pessoas que sofrem efeitos da finasterida, o primeiro grupo sente os efeitos logo nas primeiras semanas de uso; e um segundo grupo sobre os efeitos após meses ou anos de uso (normalmente entre 4 a 6 meses de uso).

A grande maioria das pessoas que sente efeitos colaterais está no primeiro grupo, ou seja, sentem logo nas primeiras semanas.

O primeiro grupo é mais sensível ao medicamento, enquanto o segundo grupo menos, porém como o remédio se acumula no organismo, eles sentem os efeitos mais tarde.

Para as pessoas do primeiro grupo (sentem efeitos nas primeiras semanas) basta parar o medicamento e os efeitos colaterais cessam rapidamente; enquanto para o segundo grupo (sentem efeitos após meses) após parar a medicação demora cerca de 3 meses para os efeitos cessarem, justamente pelo acumulo no corpo.

Levando esse tempo em consideração, caso um paciente do segundo grupo demore pelo menos 3 meses para se livrar dos sintomas (em alguns casos até 6 meses), ele não deve ser considerado como portador da síndrome pós-finasterida. Na verdade, ele se encaixa no grupo normal de pacientes com efeitos colaterais, mas que se recuperaram dos sintomas após a pausa necessária.

Reiniciando a medicação e limpando o organismo

Caso uma pessoa tenha efeitos colaterais, o procedimento pode ser diminuir a dose para ajustar ao corpo da pessoa, ou parar a medicação por alguns meses (sem dano para a queda de cabelo) e posteriormente eles podem reiniciar.

A finasterida é um medicamento que acumula no corpo durante os meses de uso, do mesmo modo ela sai aos pouco do organismo quando pausada.

A duas maneiras de reiniciar a medicação:

  • Voltar tomando 1mg apenas 1 vez por semana no primeiro mês; se não houver reação aumentar para 1mg 2 vezes por semana; se não houver reação aumentar para 1mg 3 vezes por semana.
  • A outra forma é tomar a medicação por 5 meses, e tirar 1 mês de folga para limpar o organismo.

A bula da finasterida indica que 1,5% das pessoas podem ter efeitos colaterais, no entanto, muitos médicos indicam que esse número é menor caso a dosagem tomada seja a correta para queda de cabelo (não mais do que 1mg 3 vezes por semana durante 5 meses e com folga de 1 mês para limpeza).

Outro ponto contra a ideia de síndrome pós finasterida é que o índice de pessoas com problemas de disfunção erétil entre pessoas que não tomam o medicamento é similar ao das pessoas que tomam.

Além da microdosagem de finasterida, a finasterida tópica também tem sido uma esperança para pacientes que desejam preservar os cabelos mas evitar qualquer risco de efeitos colaterais.

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